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Líder doente gera pessoas feridas

  • Foto do escritor: Ca Côrtes
    Ca Côrtes
  • 3 de jul.
  • 2 min de leitura
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Lidero pequenos grupos em algumas áreas da vida e, esses dias, me peguei pensando: “Que tipo de pessoas tenho gerado? Como elas estão sendo influenciadas pela minha liderança?”



Ser líder é um lugar almejado por muitas pessoas — e confesso que nunca foi o meu sonho. Mas, pensando bem, liderar, mesmo que seja mais natural para uns do que para outros, é uma responsabilidade que, em algum momento, recai sobre todos nós. Veja bem: ao menos a nossa própria vida precisamos liderar.



Quando nos tornamos mães, somos uma espécie de liderança na vida dos nossos filhos. Um profissional, ainda que não ocupe um cargo formal de liderança, deveria liderar o próprio trabalho, assumindo a autorresponsabilidade pelos seus atos. Aliás, posso dizer que, profissionalmente, somos líderes da nossa própria carreira.



O ponto a que quero chegar é: mais cedo ou mais tarde, estaremos liderando alguém — nem que seja a nós mesmos. E o líder influencia. Ele direciona, inspira e gera. Gera padrões de comunicação dentro de uma organização, gera hábitos, processos...



Agora, pergunte-se: se o seu time tivesse mais quatro pessoas como você — ou três, ou uma, que seja — isso seria bom ou ruim?



Talvez você pense: "Mas, para um time funcionar, precisamos de múltiplas personalidades..." E eu sei disso. Mas quero te convidar a refletir: se mais uma pessoa com o seu modo de operar, com seu ritmo e sua personalidade, estivesse diante de você, sendo treinada por você, isso te causaria orgulho ou frustração?



Recentemente, revisitei a forma como tenho liderado e percebi que precisava recalcular a rota. Eu não queria olhar para aquelas pessoas e ver o brilho nos olhos delas se apagando. Então, rapidamente, mudei. Ajustei minha fala, intencionei minha comunicação, dei mais vida às relações e voltei meu foco para aquilo em que acredito — aquilo que me fortalece todos os dias e que, acredito, pode fortalecê-los também.



Vi um grande avanço em uma pessoa querida, que antes tinha um temperamento difícil. Hoje, pude contemplar alguém muito mais equilibrado e conectado com sua própria alma.



Após essa reflexão sobre a influência da liderança, reconheci um líder doente e seu “pupilo” seguindo pelo mesmo abismo. Era como se eu pudesse prever o que estava por vir. E me deu pena.



Pessoas feridas ferem. Pessoas curadas curam.



Entendi que minha vida não influencia somente a mim. Precisei deixar o egoísmo de lado. Isso me ajudou. Ajudou meus times. E espero que outros líderes também escolham deixar o ego de lado.

2 Comments


Quel Cavalcanti
Quel Cavalcanti
Jul 13

Vc é uma jovem brilhante e muito madura, me dá muito orgulho ter vc mesmo que pouco, mas ainda assim no meu convívio.

Um bom líder não lidera CPFs ele lidera histórias, temperamentos, culturas, religiões, pq uma pessoa carrega tudo isso dentro de si, e vc certamente é essa líder Carolzinha. 🫶🏻💃🏻

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Ca Côrtes
Ca Côrtes
Jul 14
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Obrigada, abençoada, Quel 🌻Me sinto em casa com você.

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©2022 por Ca Côrtes.

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